sábado, 3 de fevereiro de 2007

Pinturas e Poesias 9 - Aldo Bonadei


E o Resto é Silêncio...
J. G. de Araujo Jorge


E então ficamos os dois em silêncio, tão quietos
como dois pássaros na sombra, recolhidos
ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite, dois caminhos
que se juntam
num mesmo caminho...

Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso, e a quietude tamanha
que qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...

Nada há mais a dizer, depois que as próprias mãos
silenciaram seus carinhos...
Estamos um no outro
como se estivéssemos sozinhos...

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Animaladas



Querendo um bichinho de estimação? Escolha o seu no álbum.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Desenhando...


Sempre gostei de desenhar: fazia histórias em quadrinhos, plantas-baixas, copiava outros desenhos, rabiscava os espaços em branco dos cadernos. Gostei muito do curso de Desenho Técnico onde meu traçado melhorou bastante, cheguei a pensar na época que estudar Arquitetura seria uma boa opção, mas acabei seguindo outros caminhos e do velho hábito praticamente só restou os rabiscos quando passo muito tempo no telefone. Mas tão bom quanto desenhar é ver alguém desenhando, principalmente quando esse alguém tem o talento e a técnica, aqui está um site onde esta situação é simulada.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Orkontros 2007


Começou a longa série de Orkontros da turma do UP edição 2007. No álbum está registrado o primeiro ocorrido em Brasília, onde vocês poderão constatar o prazer das participantes em estarem juntas novamente.

Salmo 23


O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum,
porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida;
e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Caricaturas


segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Uma História de Vidas Passadas


CASO CLÍNICO

Incapacidade de administrar a própria vida

Mulher de 32 anos, solteira.


Veio ao meu consultório por se sentir truncada, travada, por conta de seu medo de tomar uma atitude e de dar um novo rumo à sua vida. Estava muito insatisfeita profissional, amorosa e financeiramente. Tinha também muito medo de errar e vir a se arrepender diante de qualquer decisão que viesse a tomar.Ela me disse: “Eu me sinto impotente porque não consigo administrar a minha vida. É sempre alguém que toma uma decisão por mim. Estou cansada, eu quero assumir a minha própria vida”.


Ao regredir me relatou: ”Vejo uma onda muito grande. Estou me debatendo dentro do mar. Não tenho força. A onda gigantesca me leva. Eu me sinto muito impotente diante de tanta água... Agora não vejo nada, está tudo escuro... Estou sozinha, parece que é noite. Vejo-me no meio das árvores”.Estou procurando plantas medicinais no meio da floresta. Estou procurando plantas e cogumelos para fazer algum remédio. Eu vou entrando na floresta que acaba no mar.


Vejo-me em cima de um morro e embaixo está o mar... Ai meu Deus!!! (começa a gritar). Vem uma enorme onda, cobre toda a floresta e leva tudo embora. Eu não sei nadar (chora copiosamente). Vou morrer!... O mar está muito violento, a água me carrega como se estivesse lavando, varrendo alguma coisa” (A paciente começa a tossir e a se debater no divã). Peço para ela se acalmar e não vivenciar a cena, mas vê-la de fora, sem se envolver emocionalmente.


Mais calma agora, ela me diz: “A sensação que vem é que morri afogada... É a época da civilização Atlântida. Eu usei muito mal o conhecimento que tinha. Fiz muita coisa errada. Eu envenenei as pessoas com as plantas medicinais extraídas dessa floresta. Eu moro em uma casa de pedra. Era feliz, cultivava flores. Sou uma moça bonita, devo ter uns 20 anos. Uso uma saia cumprida, clara, de florzinha. Eu me vejo sozinha, moro sozinha. Até que apareceu um homem, um bruxo que mudou toda a minha vida. Ele gostou das minhas flores e me ensinou a fazer os remédios medicinais. Eu não sabia que podia extrair remédios das plantas. Só que esse “remédio” envenenou muita gente. Ele falava que eu iria curar muita gente, o que não era verdade. O bruxo dizia que eu tinha talento para fazer remédio, mas que precisava aprender com ele. Em verdade, eu me deixei ser levada por ele. Eu me deixei levar pela sedução dele e fui apanhar as plantas que não eram boas e acabei matando muita gente”. Eu achava que ele era poderoso e o obedecia cegamente, para que ele gostasse de mim, me aceitasse. Era muito ingênua e carente.Agora percebo que nunca tomei as rédeas de minha vida. Sinto que poderia ser mais atuante. Eu me sentia inferiorizada por ser mulher, não me sentia suficientemente capaz. Na verdade, eu queria ser reconhecida por ele, achava que os homens sabiam mais do que as mulheres. Eu o admirava”.


Peço em seguida para que ela vá para o momento de sua morte nessa vida:“Diante da fúria daquela onda gigante, simplesmente desapareci no meio d’água. Senti muito medo e impotência”.Quais foram seus últimos pensamentos e sentimentos no momento de sua morte? perguntei-lhe: “Eu me senti culpada e veio a idéia de castigo por fazer mau uso do conhecimento. Veio também arrependimento por ter prejudicado muita gente.O ruído do mar era assustador. É muita fúria! É horrível!Fica claro agora o porquê desse medo de decidir na vida presente. Sinto medo de errar novamente. Eu trago para a vida atual essa culpa e arrependimento por ter prejudicado muita gente”.


Antes de encerrarmos a regressão, peço para que ela se liberte de seu passado, se livre dessa culpa. Enfatizo que na verdade ela agiu na melhor das intenções. Por conta de sua ingenuidade e carência, acabou deixando-se influenciar por aquele homem. Peço, portanto, para que ela se liberte definitivamente dessa culpa, se perdoando, não deixando que essas sensações e sentimentos negativos de seu passado permaneçam dentro dela.


Disse-lhe que ela precisava fazer um trabalho de auto-perdão para que pudesse fluir de forma mais livre na vida presente. Posteriormente, ela passou por mais 6 sessões de regressão e, no final de cada uma delas, fizemos um trabalho de desprogramação e programação mental positiva para que ela se libertasse desta culpa. A paciente me disse que estava mais autoconfiante, se sentindo capaz de tomar suas próprias decisões, sem deixar, desta vez, que as pessoas tomassem as rédeas de sua vida.


Osvaldo Shimoda é terapeuta e trabalha com técnicas de hipnose e terapia de Vidas Passadas em seu consultório em São Paulo.Email: shimoda@vidanova.com

domingo, 28 de janeiro de 2007

Pinturas e Poesias 8 - Di Cavalcanti



Retrato
Cecília Meireles

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
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